segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

INCLUSÃO

Ser professor não constitui em uma tarefa simples, pelo contrário, é uma tarefa que requer afeto e habilidades, principalmente se os alunos são portadores de necessidades especiais. Vive-se numa época em que se exige dele uma preparação e uma aptidão para enfrentar o desafio da complexidade que permeia a questão da Inclusão de crianças com necessidades especiais, atribui-se um valor significativo a real compreensão e à exata dimensão do papel dos sentimentos no processo cultural e social.
Em função disso, a afetividade, ou seja, os laços de amizade entre crianças e educadores vêm sendo reconhecidos pelos pesquisadores em educação. O professor que estimula a amizade mutua em sala de aula aumenta consideravelmente as chances da ocorrência da aprendizagem dos alunos principalmente daqueles que possuem necessidades especiais, ocorrendo desta forma uma espécie de inclusão social.
O professor, ao assumir uma sala de aula, encontra com alunos com necessidades educativas especiais com carência afetiva, deve expressar seus sentimentos e desejos de forma direta com estes alunos, mas com o Maximo de cautela possível para não priorizar somente alguns alunos.
A intervenção pedagógica, centrada principalmente na interação professor/aluno e determinante na construção de todo e qualquer conhecimento. Nessa relação entre professor/aluno a afetividade tende a ser positiva. E é justamente aí que se dá a construção do conhecimento e o gosto de aprender.
Ao se refletir sobre estes saberes, pensa-se sobre o grande desafio que cada professor deve enfrentar no que se refere a sua própria formação e que muitos docentes se sentem inseguro para lidar com aspectos emocionais e sua aplicação em sala de aula. Percebe-se que a formação de professores não tem contemplado a dimensão emocional com profundidade. Assim, pode-se dizer que os docentes não foram e não estão sendo emocionalmente alfabetizados e precisa entender que existem necessidades de buscar formação continua sobre esse tema. A educação emocional pode ser uma possibilidade para começar a reconstruir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
A afetividade na Educação abrange um campo de significados complexas com conceitos, preconceitos, estereótipos, discriminações, idênticas, diferenças, culturas entre outros. A manifestação das emoções, principalmente as de afeto são muitas vezes deixadas de lado, em nome de uma racionalidade imposta pelo poder e pela razão. No entanto, acredita-se que emoções como afeto manifestado, ajuda na educação de crianças com necessidades especiais e aproxima os envolvidos no processo ensino aprendizagem, no entanto está em uma manifestação rara e até pouco encontrada nos espaços escolares.
Através da realização deste trabalho podemos concluir que a criação de um vincula afetivo entre professor e aluno com necessidades especiais favorece um ambiente com melhores possibilidades de exercitar a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, aspectos que favorece a naturalização da presença do aluno com necessidades especiais em sala de aula. O professor encontra-se em um ambiente paradoxal o que requisita sensibilidade para compreender o limite entre inclusão e as diferenças dos alunos.
A constante motivação e sensibilidade do professor voltada à questão de inclusão parecem essenciais para a integração, a solidariedade eo respeito durante as aulas.Contudo , a partir deste trabalho foi possível compreender que ainda há um processo educativo a ser conquistado e naturalizado na inclusão.Não restam dúvidas que para haver o processo de inclusão a postura dos professores são decisivas, fator que concorre para a continua formação nessa área, desde a formação inicial até a formação continuada.